03/11/2014

Ou como eu era fofinha


Ontem, estive a mostrar ao meu homem um álbum de fotos antigas, a preto e branco, minhas com os meus pais, com a minha avó, com várias pessoas que fizeram parte da minha infância. Até há uma foto do meu avô paterno com o meu pai, há muitos, muitos anos. Eu era um doce, tal como sou agora, mas fofinha, bebé, embrulhada em cobertores e flores. E, nada como ser entrada na idade para nos apercebermos de coisas que dantes não tinham importância nenhuma. A porta que está detrás, na foto, era do quintal da minha avó, uma porta de madeira, com um trinco de ferro, uma porta normal, mas lembro-me tão bem dela, era ela que nos protegia dos ladrões quando éramos crianças, era ela que se fechava com estrondo quando vínhamos a correr da rua a brincar era ela que nos protegia, lembro-me inclusivamente do cheiro dela, ali, a apanhar sol, ao longo de toda uma vida. Era uma porta importante. Numa vida que é minha, mas que neste caso, é feita de recordações, cheiros, memórias. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigada pelo comentário!