22/05/2014

Comida

Eu sei, não sou gorda, nunca fui, pelo contrário, já fui excessivamente magra, em tempos que já lá vão e dos quais não me esqueço, porque foram complicados, tinha muitos complexos, toda a gente reparava na minha magreza e, muitas vezes me perguntavam se tinha anorexia. Mas passados estes anos todos, vinte e tal, já não sou propriamente magra. Sou magra, mas sinto-me gorda. Não sou gorda muito gorda, mas sou cheinha, tenho a barriga mole, as pernas com celulite, os braços flácidos, enfim, nunca me vejo ao espelho nua, porque senão entro em pânico. Vejo-me sempre já vestidinha, para não haverem grandes problemas. Que eu sou menina para fazer muitos filmes e desatar a chorar, que sou. E acho que isto, é genético. A minha mãe, que tem 75 anos, portanto convenhamos que já não está na flor da idade, só pensa na magreza e no corpo e nas banhas, e todas as semanas, às vezes até mais do que uma vez por semana, começa uma dieta. Dieta essa da qual se esquece 5 minutos depois. Eu não faço dieta, porque comer, para mim, é um castigo. Só gosto de sopa, massas, arroz, alguma carne branca, detesto coisas verdes, detesto legumes, não gosto de batatas fritas (só as de pacote), não gosto de comida. Durante a minha juventude, o almoço eram 2 tabletes de chocolate e o jantar, uma fatia de queijo. Hoje já como melhor, como sempre sopa, como segundo, como fruta, adoro fruta. Bebo 1,5ml de água, ou mais, não bebo refrigerantes, não como grandes porcarias. Excepto nas férias, onde como sempre doces e coisas engordativas, porque tenho direito. Tudo isto, para vos dizer que tentei perder 5 kgs e não consegui. Juro que tentei, mas depois começo a pensar- "oh, a vida é curta, que se lixe"- e não passo do peso que tenho. E seria muito menos feliz se me privasse se comer o que como. Até ver, é assim.

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