02/10/2014

Nhac, vai-se andando. Nhac

Cheguei ao ponto do nhac, do vai-se andando, do deixa lá andar, que embora esteja mal, vai-se andando. Tenho vontade de mudar de vida, tenho vontade de ir viver com o meu homem, na cidade dele, naquela casa que ambos decorámos e à qual tenho que dar um jeito, meu. Tenho saudades dele, e tenho saudades de mim, sem esta vida aprisionada, estas cordas invisíveis a que estou pressa e das quais é quase impossível libertar-me. A minha mãe cada vez precisa mais de mim, e eu estou cá para a ajudar, claro, mas tenho saudades de mim, sem ela. Da liberdade que é poder escolher a roupa da cama sem dar satisfações, tomar duche sem ela abrir a água e a água sair toda fria, de ver televisão sem ter o volume no máximo e quase enlouquecer, deitar-me a sonhar com um amor.

Eu sei que são coisas banais, mas são importantes para mim, que sou um animal muito próprio e só há uma pessoa no mundo que me entende, o meu homem, e nem é todos os dias. Eu sei que andei toda a vida com a casa às costas e agora apetece-me fazer o mesmo, mas depois há toda uma vida para gerir, uma pessoa muito importante que precisa de mim, uma parte de mim está aqui. Mas que me apetece dar um grito, e ser livre, apetece!

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