Tenho com os banco uma relação complicada, primeiro porque praticamente cresci dentro de um, o meu pai era director dum banco, carreira que começou do zero, e que foi brilhante, mas à qual ele dispensava mais tempo do que à familia. Quando ele morreu, começou a ser-me difícil entrar num banco e não o ver sentado à secretária, cheiroso, impecavelmente vestido, com um sorriso. Por isso, sempre que entro num banco, faço-o porque sou obrigada, e sempre a correr, com o coração pequenino.
Hoje tive mesmo que entrar num e a conversa com a empregada, foi, vistas as coisas, de rir, ou chorar, é conforme a pessoa quiser e para onde estiver inclinada.
Eu - Bom, espero que isto não seja como o BES, senão...
Ela- (sorriso enigmático, movimento de cabeça) Tão mau não vai ser, mas também não sei se nos vamos safar...
Eu- A sério?! Bem, não sei o que faça...
Ela- Pronto, o que lhe posso dizer é que, assim tão mau, como o BES, não vai ser, este mês até tivemos lucros bons, mas não sei...agora não lhe posso dar certezas de nada.
Eu- Oh, que animador.
Ambas continuámos com os nossos sorrisos amarelos. Sempre que deixo dinheiro no banco tenho a sensação de que não o vou voltar a ver. Tomara me engane.
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