06/09/2013

Tarde atribulada

Hoje tive uma tarde, que tinha tudo para ser normal, mas foi a modos que surreal. Decidi ir cortar as pontas do cabelo e pintar a raíz e fui ao cabeleireiro. Estavam 2 ou 3 pessoas, tudo estava a correr bem, quando entra um senhor, que, de cigarro acesso, se pôe a fumar, mas para dentro do cabeleireiro. E o homem não saía dali. Especado à porta, ainda na rua,  a deitar baforadas de fumo para dentro do salão, um cigarro inteiro. A pessoa só via fumo, até que o sujeito lá se decide entrar e lavar o cabelo. Ficou ao meu lado na calha de lavar as cabeças, quando começo a ouvir- " Oh sim, ai filha, simmm, é isso mesmo, vai, mais um bocadinho, ahinnn, ahuinnnn, oh simmmm, ai filha, mais, vá, ai despe-te, assim mesmo, vá coça mais..oh  amor, que bom, toma lá tudo" e as empregadas todas a ri,  a revirar os olhos e cenas e eu..".mas o que é isto?!" Olho de lado para o homem (velho) e ele de olhos fechados, naqueles comentários, gemia que se fartava. A empregada disse-me para mudar de cadeira, porque pelos vistos ainda corria o risco dele me apalpar ou o camandro e a coisa lá se compôs.
Tinha respirado fundo meio dúzia de vezes, entra uma senhora que entretanto, tinha ido atender uma chamada, completamente tresloucada, aos gritos- "acabaram de matar um colega meu, mataram-no, ai que desgraça!"
Eu ainda pensei que aquilo era para os apanhados, mas depois achei que não. Vi que realmente, o mundo anda perdido. Todo.

2 comentários:

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