25/09/2013

Margarida

Sempre ouvi falar da Margarida. Era a melhor amiga de infância da minha mãe e, por coincidência, até casaram no mesmo dia, sem combinarem nada. Depois a vida separou-as. Uma foi para Lisboa, por amor, a outra também por amor, mudou de terra montes de vezes. Houveram anos em que não souberam uma da outra. Nada, nem um telefonema, nem um contacto, absolutamente nada. Décadas. Mas a amizade delas não morreu, nunca. Sempre ouvir falar da Margarida, com olhos de saudade. Das coisas da adolescência, dos ataques de riso, dos amores, e dos desamores. Há uns anos, não faço ideia que que forma, ela consegui o nosso número de telefone. E a partir dai os contactos são esporádicos, mas sempre com muita amizade, de ambas as partes. Hoje, tocaram à porta, era a Margarida. Meteu-se numa camioneta, e veio visitar-nos. Foi tão bom, ver a minha mãe tão contente, falar da vida dela sem medos, com alguém realmente amigo, aquela cumplicidade que se nota a léguas. Foi a segunda vez na vida que vi a Margarida, não a via há 30 e tal anos. Mas é cá da casa, Margarida, volte sempre, adorei! :)

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