A minha mãe é uma senhora do mais amoroso que há, que é. Mas às vezes, parece que não está boa da cabeça...Hoje, trouxe para a sala os dois cestos que lhe ofereci ontem pelo dia da mãe, e disse-me que sabia que eles eram para a arrumação na casa de banho, mas que não sabia como arrumar as coisas. Disse-.lhe que já ia tratar disso. Mas como demorei um bocadinho, o que é que ela fez? Trouxe TUDO, absolutamente tudo da casa de banho para a sala e só dizia - "e agora, onde é que se metem as coisas, há algumas coisas para deitar fora...e agora, e agora?!"- completamente exasperada.
Ora, eu que sou aquela pessoa que rebenta com facilidade, mandei-lhe 2 berros (sim, eu perco a paciência com ela) e disse-lhe que já lhe tinha dito que trataria de tudo. Nisto ouço-a no quarto, a lamentar-se, sozinha - "ai a minha vida, eu não aguento isto, ai que desgraça". Sabem o que fiz? Fiz uma coisa que nunca tinha feito na vida, mas foi o melhor, fechei-me à chave na sala. E estive no computador a fazer as minhas coisas, calmamente, em silêncio, como eu gosto.
Quando acabei, abri a porta e fui para a casa de banho. Joguei imensas coisas fora, limpei, arrumei, dei brilho e deixei tudo arrumadinho, a brilhar e a cheirar muito bem. Doem-me as costas de tanto esfregar, mas estou viva. Quando viu que eu tinha acabado, veio à sala, com o rabinho entre as pernas - queres que te faça o lanche, filha?- perguntou numa vozinha de vítima. Disse-lhe que não.
Agora está ali ocupada com uma merdice qualquer, a gemer, que lhe dói uma mão. E eu, decidi escrever este post e continuar a respirar fundo...1...2...3...inspira....expira...
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